Níveis de energia em sala de aula: entenda os seus alunos e o que eles precisam
Pensa naquele jantar com os amigos, as risadas, os assuntos interessantes e os pedaços de pizza que sobraram já frios. Alguém boceja. Sua amiga observa e se espreguiça. Uma reação em cadeia acontece. O bocejo é altamente contagioso. Fato comprovado empiricamente. O ambiente tem influência direta no modo como nos sentimos.
Mas será que é diferente na sala de aula?
Agora algo assim: os alunos do fundamental vencedores na queimada durante a aula de educação física e os que foram ´injustiçados´. Ou ainda a aula logo após aquela de história na qual um aluno com letra bonita escrevia o texto na lousa com giz e tínhamos que copiar no caderno. Aula dupla copiando da lousa. Você passou por isso também? Tédio endêmico.
Quando nosso teacher entra em aula, a sua missão é proporcionar um ambiente rico em estímulos para a aprendizagem e o desenvolvimento da comunicação entre os alunos. Mas os estímulos que escolheu para aquela aula podem não estar momentaneamente compatíveis com o clima da sala. E aí? Plano b?
Administrar os níveis de energia de sua sala de aula é uma estratégia que garante engajamento dos alunos e maior participação em atividades. Assim, eles podem assumir o papel protagonista em seu trajeto de aprendizagem e desenvolver aquela vontade de aprender que em algum momento ou outro todos nós também já sentimos.
Para mais detalhes neste tema com a credencial acadêmica brilhando com anos de experiência treinando equipes, conversamos hoje com Natasha Destro, gerente pedagógica do Programa Baltimore Education.
Como identificar e lidar com os níveis de energia em sala
Os alunos dão sinais claros de como estão naquele dia.
Destro dá conselhos de como administrar e conduzir a aula de acordo com esses indícios:
“Quando estamos lidando com alunos em sala de aula podemos direcionar nossa atenção para os diferentes níveis de energia – assim que o professor inicia a aula – se o professor identifica que a turma está mais agitada por ter chegado de uma aula de educação física ou do lanche, é bem interessante utilizar atividades com música e movimentos corporais que sejam agitados a princípio, mas que possam ser gradativamente baixados. e Desde tom de voz até o próprio ritmo para trazê-los para algo mais calmo”, explica.
Além disso, é possível trabalhar necessidades emocionais e de temperamento em favor da aula. A esse respeito, Natasha afirma que “o aluno precisa ser visto, ouvido e incluído durante as aulas. É importante que as regras estejam claras e que eles tenham a oportunidade de se expressar como estão sentindo, seja por meio de uma música de saudação, por uma atividade de cumprimento inicial personalizado ou até mesmo por uma roda de conversa”.
Lidando com turmas agitadas ou calmas
No Programa Bilíngue Baltimore Education, nossos teachers recebem orientações constantes para aplicarem diferentes técnicas, e assim obterem o engajamento e produtividade dos alunos. Nosso foco é que o aluno seja o ponto principal. A estrela de todo o processo.
“É crucial que o professor crie uma conexão com a turma e com os alunos. Permitir que se conheçam. Muitas vezes os alunos querem um pouco de atenção, precisam compartilhar algo. Compartilhe com eles algo importante e escute-os”, conclui Destro.
Bom, um episódio de uma série que tenha aquela característica divertida, com um pouco de suspense, uma dose controlada de drama, desafios para os protagonistas, e um final feliz é o ideal.
Imagine uma aula com um nível de riqueza em estímulos inspirada nessa fórmula.
Dá? Com certeza. Planejamento e boa vontade são ingredientes essenciais, mas o modo de fazer administrando a energia da sala de aula é o toque de mágica que compartilhamos com nossa equipe.
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